quinta-feira, janeiro 18, 2007

A Lição da Bondade



Quando Jesus entrou vitoriosamente em Jerusalém, montado num burrico, eis que o povo, alvoroçado, vinha vê-lo e saudá-lo na praça pública.
Muitos supunham que o Mestre seria um dominador igual aos outros e bradavam:

Glória ao Rei de Israel!...
Abaixo os roma­nos!...
Hosanas ao ven­cedor!...
Viva o Filho de David!... Viva o Rei dos Judeus!...
E atapetavam a rua de flores.
Rosas e lírios, palmas coloridas e folhas aromáticas cobriam o chão por onde o Salvador deveria passar.
O Mestre, contudo, sobre o animalzinho cansa­do, parecia triste e pensativo. Talvez refletisse que a alegria ruidosa do povo não era o tipo de felici­dade que ele desejava. Queria ver o povo conten­te, mas sem ódio e sem re­volta, inspirado pelo bem que ajuda a conservação das bênçãos divinas.
O glorificado monta­dor ia, assim, em silêncio, quando linda jovem se des­tacou da multidão, abei­rou-se dele e lhe entregou uma braçada de rosas, ex­clamando:

Senhor, ofereço-te estas flores para o Reino de Deus.
O Cristo fixou nela os olhos cheios de luz e inda­gou:
Queres realmente servir ao Reino do Céu?
Oh! sim... — dis­se a moça, feliz.
Então — pediu-lhe o Mestre:
ajuda-me a proteger o burrico que me serve, trazendo-lhe um pouco de capim e água fresca.
A jovem atendeu prontamente e começou a compreender que, na edi­ficação do Reino Divino, Jesus espera de nós, aci­ma de tudo, a bondade sin­cera e fiel do coração.

Chico Xavier/ Meimei

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