A Voz
Da tua voz
o corpoo
o tempo já vencido
Os dedos que me
vagam
nos cabelos
E os lábios que me
roçam pela boca
nesta mansa tontura
em nunca tê-los...
Meu amor
que quartos na memória
não ocupamos nós
se não partimos...
Mas porque assim te invento
e já te troco as horas
vou passando dos teus braços
que não sei
para o vácuo em que me deixasse demoras
nesta mansa certeza que não vens.
Maria Teresa Horta
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