sábado, março 31, 2007

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O trem corre nos trilhos,
Cruza a linha do horizonte,
Despecha na estação...
O passageito da ilusão!


Prostituas se perfumam,
Damas se depilam.
Seringa suja...
Agulha pica.
Previdência brinca!

Fabrinantes, comerciante, traficantes...
Mamam nas tetas!

Em Brasília?
Cruzam os braços.
E o enterro?
Paga você.

O trem apita,
Anuncia a partida.
O manobrista...
Culpa o cientista!
Cristina Raucci - 26/11/1995
Direitos Autorais Reservados

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Sou Apenas!












Não me julgue
Não tente entender-me
Sou como o vento
Sem caminho...
passo!


Aproveite
Sou como a água
Se atada...evaporo
Não me acorrente!
Mate tua sede
Não tente guardar-me
Não me faça tua escrava!


Sou como a flor
Colhida, feneço
Guarda-me o perfume!

Não me descreva
Não me modifíque
Sou um sonho...
Sou uma ilusão!

Não me acompanhe
Não tente seguír-me
Sou como a estrela cadente...
Solitária!

Apenas,
admíra-me...
Neste momento,
Então,
serei...
tua poetísa!

Cristina Raucci - 23/02/1985
Direitos Autorais reservados (SBAT)

Terceira Poesia!


Vingança

Talvez
Nada mais reste a ser dito
Nem reste mais nada a esperar
Por quem se perdeu no caminhoou
Ou
Se esqueceu de voltar.
Talvez
Reste ceifar a busca,
Mas, existe...uma voz que já não canta,
Um espinho na garganta
Com vontade de continuar.
No quarto,
Soluços sob os alvos lençois...
Pairando sob cada objeto
Ainda há!
Quando te encontrar,
perdoarei?
Quem sabe...no clima envolvido
Amarei.
Dos soluços,
Risos...alegria, beijos...carícias,
Comece...a minha fantasia!
Sob os alvos lençois,
Em forma de:
Gemidos...delírios...
Cuspo o espinho.
Pois, não posso negar!
Há uma lágrima a brilhar,
Dentro de meu olhar...
Por quem se predeu no caminhoou
Ou...
Se esqueceu de voltar!

Cristina Raucci, Marilda Nascimento,
Izilda Pitta, Ana Lucia Peneireiro,
Angélica Touso, Sonia Mauri
23/03/07
Direitos Autoraris reservados (SBAT)

Segunda Poesia!



Comecei a segunda poesia, para minha mãe que hoje está com CA no Pulmão e minhas velhas amigas vieram atrás...
Trazendo vida...


Você que me vê além das aparências,
que me escuta,
quando já silenciei.

Você
Que me acalenta...quando não necessito,
que me alegra...quando preciso de riso.

Você
que a natureza criou...
para brilhar todos os dias
com sua luz interior.

Que a mãe fez de adorno
E o Pai celeste Amou!

Você
luz do meu viver
que me fez renascer
de tuas entranhas... e,
apesar de tanta dor,
muito amor me concedeu.

E agora?
eu...aqui, no entardecer...
vou morrer até o amanhecer,
na ânsia de tua vida renascer!

Desculpa mãe...
é só o que posso
por ti... fazer!
Sonia Mauri, IZilda Pitta, Ana Lucia Peneireiro
Cristina Raucci
Direitos autorais reservados (SBAT)

Primeira Poesia!



Velhas amigas de escola
se reencontram no orkut,
Cristina Raucci,
poeta e escritora teatral,
cria na comunidade, Carmo Anos 60&70, colégio aonde estudaram, o tópico:
"Aqui você é o Autor." E...
brincado de roda as velhas amigas, começam a criar balelas:

Primeira Poesia

Ao final do dia,
Pego a sua fotografia,
Sugo a sua fisionomia...
E entro numa grande sincronia.
Fazendo alegoria,
Com velhas fotografias.
Mais que fria...
Virei o chá na sua tia!
Nessa anarquia...
Vai nascendo a primeira poesia.

E vamos continuar...
Que isso é só alegria!
Nossa vida é infinita,
Nossas rimas,
Nossa história.
Cada uma...
usando sua fantasia!
Ana Lucia Peneireiro, Marilda Nascimento,
Sonia Mauri, Fátima de Oliveira,
Suely Madeira, Cristina Raucci
Direitos Autorais Reservados.

sábado, março 24, 2007

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Recomeçar

Sonho com um campo...
talvez terreste
E o abrir d'uma flor não é suspeita
Nem remoça a lanugem com a morte!

De tons diversos colorido
De odores suaves espargidos
Como a vida de lá!

Sonho com a flor mais formosa
Que ao sol abre visçosa
Quando ainda verdejante
Tem aroma enebriante!

Sonho esta vontade inquieta
Peço ajuda aqui acolá
Lembrando sempre com saudades
Da vida que eu tive lá!

Como é que se recomeça?
Será preciso um pedaço da lua?
Um anel de Saturno?

Ou é preciso
Apenas...
O olhar se encarregar
De recomeçar, e mostrar
Que nada é preciso sonhar?

Cristina Raucci

sexta-feira, março 23, 2007

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Balancei, balancei, balancei...
no balanço encarnado
dos sonhos infantis!

Na ciranda da vida,
o que não queria,
era ouvir falar de fuzis!

Balancei, balancei, balancei...
no país encantado
das fadas e sacis!

Quisera não acordar
deste balanço sutil,
tudo era assim...
tão verde , rosa e anil!

Os pássaros poussaram,
as estrelas não brilharam,
a lua se foi...despertei...

Na espera...
da musa cor de pele
fada rodopiando
na passarela!

Esperei, esperei, esperei...
No sonho ficou;
meu corpo acesso
seu cheiro...desejo
em fogo ardente
que em nada apaga
meu corpo quente!

No sonho encarnado,
no país encantado,
das fadas e sacis...
morri!

Joice Padilha Terra e Cristina Raucci (22/03/07)


quinta-feira, março 22, 2007

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BOA TARDE

Cris
Muito obrigada! Joice Padilha Terra!
bjs Cris
Para Ti...
Vou esperar o sol chegar
para rabiscar na beira do mar
a luz do seu olhar...
pois, o astro rei sem sua rainha...
não brilhará!
Cristina Raucci - 23/03/07

quarta-feira, março 21, 2007

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Hoje só existe a moldura
o vento passa
espalhando as folhas
rosas habitam as cercas
e os colíbris fazem a ronda.

Um corpo já mórbido
tal qual a estrela...pequena
que toda iludida reluz
igual mariposa falena
voando em busca da luz.

Seu canto cessou
Cortaram-lhe as asas
deixou de ser livre
só fica a pousar

Ontem um pássaro,
Hoje um ser a vagar!

Cristina Raucci - 22/03/07

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Sobe um sol que nasce agora
ou
uma noite negra fria
sons, ritmos, alegrias...
Vejo com olhos distantes,
pequenos momentos instantes.
Poesias escritas ou ditas.
Sinto o rubor da luz do dia.
Quem como eu, sente isso?
Quem, em sã consciência,
suporá prosmicuidade e indecência,
apenas num momento, nun sonhar,
tentando a gente coibir?
Então decreto: - "É proibido proibir!"
Hoje o sonho é permitido.
Um pensamento, um sentido,
ou um apaixonado olhar.
Tenho sonhos...
E continuo minha vida,
nessa minha emoção sentida,
nesse meu jeito de amar.
A minha vida é sem demora,
é o meu mundo, meu lugar.
(C.R - 21/03/07)

segunda-feira, março 19, 2007

Deus






Deus não faz pessoas iguais.
Isto significa que as nossas sensibilidades são diferentes.
Não queira que as pessoas tenham a mesma capacidade de suportar os problemas que você suportou. Nós não somos iguais! As pessoas jogam pedras por ciúme, inveja e vingança. Porque não podem ser o que você é, não podem ter o que você tem e não conseguem fazer o que você faz. As pedradas doem porque são atiradas com proximidade e porque são carregadas de ódio, inveja e vingança. Se você for alguém cheio de fé, as pessoas verão maravilhas através da sua vida e as pedradas se transformarão em bênçãos. Não importa o tamanho que elas possam vir a ter sobre a sua vida, você sabe que vai vencê-las.
A vitória que vence o mundo é a nossa fé.
Sabe por quê?
Porque com ela você é capaz de receber qualquer pedrada e permanecer em pé. O poder que está nela é maior que todas as outras coisas no mundo.
Ser diferente sabe o que significa?
Que quando você tem Deus no coração, no meio das pedradas da vida, Ele espera que você tenha reações diferentes. Só quem tem conhecimento do caminho divino pode entender porque as pessoas jogam pedras...
Não importa o tamanho daquela que esteja lhe acertando. Os seus olhos só precisam estar fixos em Deus. Dessa forma, você não vai olhar o tamanho da pedra, olhar para si mesmo ou se importar com quem as jogam.Deus não nos promete livrar das pedradas da vida, mas nos oferece os princípios para que não vivamos marcados com feridas causadas por outras pessoas. Portanto:
Devemos sempre estar prontos para receber pedradas na vida.

Muita Luz!!!

Cristina Raucci

quinta-feira, março 15, 2007

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O amor, esse sufoco,


Agora há pouco era muito,


Agora, apenas um sopro


Ah, troço de louco,


Corações trocando rosas,


E socos.

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Flores SIlvestres
Casemiro Cunha

Já viste, filho, a floresta
Varrida pelas tormentas?
Partem-se troncos anosos,
Caem copas opulentas.

Mil árvores grandiosas
Esfacelam-se nos ares,
Tombam gigantes da selva,
Venerandos, seculares.

Mas as florinhas silvestres
São apenas baloiçadas,
Continuando graciosas
A tapetar as estradas.

Zune o vento? Geme a selva?
Ao sabe a pequena flor,
Que perfumando o caminho
Compõe um hino de amor.

Flores silvestres!... Imagem
Dos bons e dos pequeninos,
Que sobre o mundo derramam
As graças dos dons divinos.

Na selva da vida humana
Caem grandes, poderosos:
Arcas repletas de ouro,
E frontes ébrias de gozos.

Mas, os humildes da Terra,
Dentro da fé que os conduz,
Não caem... São refletores
Da bondade de Jesus.

Flores silvestres da vida,
Não sabem se há tempestade
De ambições e se há no mundo
Leis de ódio e de iniqüidade.

Nos dias mais tormentosos,
Sê, filho, como esta flor:
Chore o homem, grite o mundo,
Palmilha a estrada do amor.

Do livro Parnaso de Além-Túmulo


Francisco Cândido Xavier

Oi Flor, não sei por que, esta poesia me lembrou muito vc! rsrsr
Vc é assim.
bjs Bia

Bia!!!
Esta flor amiga...é você!!!
Te adoro
bjssssss, Cris


quarta-feira, março 14, 2007

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Espelhos das Águas


Meus olhos cansados procuram
Descanso no verde do mar
Como eu procurei você
O descanso que a vida não dá
Seria talvez bem mais fácil
Deixar a corrente levar
Quem sabe no fundo eu quisesse
Que tu me viesses salvar
Depois lá no alto das nuvens
Você me ensinava a voar
Mais tarde no fundo da mata
Você me ensinava a beijar
Meus olhos cansados do mundo
Não se cansam de contemplar
Tua face, teu riso moreno
Teus olhos do verde do mar
Meus olhos cansados de tudo
Não cansam de te procurar
Meus olhos procuram teus olhos
No espelho das águas do mar
Supõe que eu estivesse morrendo
Mas não te quisesse alarmar
Pensei que você soubesse
Que eu me queria matar
Meus olhos cansados de tudo
Não cansam de te procurar
Meus olhos procuram teus olhos
No espelho das águas do mar

Tom Jobim

Obrigada Rê
bjs, Cris

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Amor maduro não é menor em intensidade. Ele é apenas silencioso.

Não é menor em extensão. É mais definido, colorido e poetizado.

Não carece de demonstrações: presenteia com a verdade do sentimento.

Não precisa de presenças exigidas: amplia-se com as ausências significantes.

O amor maduro tem e quer problemas, sim, como tudo.

Mas vive dos problemas da felicidade.

Problemas da felicidade são formas trabalhosas de construir o bem e o prazer.

Problemas da infelicidade não interessam ao amor maduro.

Na felicidade está o encontro de peles, o ficar com o gosto da boca e do cheiro, está a compreensão antecipada, a adivinhação, o presente de valor interior, a emoção vivida em conjunto, os discursos silenciosos da percepção, o prazer de conviver, o equilíbrio de carne e de espírito.

O amor maduro é a valorização do melhor do outro e a relação com a parte salva de cada pessoa.

Ele vive do que não morreu mesmo tendo ficado para depois.

Vive do que fermentou criando dimensões novas para sentimentos antigos, jardins abandonados, cheios de sementes.

Ele não pede, tem. Não reivindica, consegue. Não percebe, recebe.

Não exige, dá. Não pergunta, adivinha.

O amor maduro cresce na verdade e se esconde a cada auto-ilusão.

Basta-se com o todo do pouco. Não precisa e nem quer nada do muito.

Está relacionado com a vida e sua incomplenitude, por isso é pleno em cada ninharia por ele transformada em paraíso.

É feito de compreensão, música e mistério. É a forma sublime de ser adulto e a forma adulta de ser sublime e criança. É o sol de outono: nítido mas doce. Luminoso, sem ofuscar. Suave mas definido. Discreto mas certo. Um Sol, que aquece até queimar...



Artur da Távola

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Vida Vivida

"Quem disse que sou um covarde sucumbindo entre as
dificuldades? Quem disse que sou corpo feito de alimentos? A vida não é figura de cera, não é figura de gesso. Eu sou ciclone, sou furacão, sou redemoinho. Eu transformo o ambiente, como se dobrasse um arame no aspecto que eu desejo. Eu sou uno com a poderosa força que criou o Universo. Eu sou a própria energia, que da atmosfera faz o relâmpago, que transforma os raios solares em arco íris, que faz eclodir no negro solo as rubras flores, que faz explodir os vulcões e, que criou o sistema solar a partir da nebulosa.
Que é ambiente? Que é destino? Na hora exata, quando eu quiser, eu me liberto do mais triste destino, como o peixe que se esgueira pelas fendas. Não sou ferro. Não sou argila. Sou vida. Sou energia viva. Não sou matéria inerte, moldado pela situação ou pelo destino. Eu sou como o ar. Quanto mais comprimido for, mais força manifesto, tal como a bomba explode a rocha.
Eu sou a vida que, no momento certo, rompe impetuosamente a situação ou o destino. Sou também a água.

Nenhuma barreira poderá represar-me e impedir que me torne um grande oceano. Se barrarem a minha passagem colocando grandes pedras no meu leito, converter-me-ei em torrente, cachoeira, e saltarei impetuosamente. Se me fecharem todas as saídas, eu me infiltrarei no subsolo. Permanecerei oculto por algum tempo, mas, não tardarei a reaparecer. Em breve estarei jorrando através de fontes cristalinas, para saciar deliciosamente a sede dos transeuntes. Se me impedirem também de penetrar no subsolo eu me transformarei em vapor, formarei nuvens e cobrirei o céu. E, chegando a hora, atrairei furacão, provocarei relâmpagos e trovões. Desabarei torrencialmente, inundarei e romperei quaisquer diques e serei, finalmente, um grande oceano".

MASAHARU TANIGUSHI

terça-feira, março 13, 2007

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Relacionamento

O progresso em um relacionamento passa por quatro estágios: a dependência, a independência, a interdependência e o poder do amor.

A dependência é quando tudo está baseado na necessidade - na falta há experiência de dor.

A independência é quando cada um explora internamente suas especialidades - é o deparar-se com a própria beleza.

A interdependência é o alinhamento, o combinar de talentos para criar algo maior. Nesse estágio de elevada auto-estima e respeito mútuo chega-se ao poder do amor.

Brahma Kumaris

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Tolerância
A tolerância depende de duas outras qualidades:
compreensão e amor.

Quando compreendo que todos estamos aqui desempenhando nossos respectivos papéis e que cada um tem o direito de ser como é, sou capaz de tolerar o comportamento de qualquer pessoa, por mais provocativo que seja. Se alguém está errando e não está fazendo nada para mudar essa atitude, só posso ter misericórdia. Se ele está se empenhando em transformar o erro, só posso ter respeito. Tolerância é o amor que oscila entre misericórdia e respeito.

Ken O'Donnell, A paz começa com você,
Editora Gente, São Paulo, 1994

sexta-feira, março 09, 2007

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DESTINO PARTILHADO


Se olharmos com mais atenção o planeta Terra, vamos constatar que todos seus elementos minerais, vegetais ou animais estão intimamente interligados, em verdadeira harmonia. Isto inclui os seres humanos, mas não temos percebido isso, salvo honrosas exceções. Assim, caminhamos como se fossemos os mais importantes seres terrestres, impingindo aos demais violenta agressão, desrespeito e extermínio implacáveis, para satisfazer nossos interesses, nem sempre nobres.
Prtanto, vivemos em uma mesma comunidade e estamos em um momento decisivo, ante o alto nível de degradação ambiental. Cabe ao homem decidir agora seu caminho. Sua opção não terá volta, ante a situação crítica que se apresenta. Aliás, como consta da Carta da Terra de 18.03.97, "a alternativa está frente a nós: cuidar da Terra ou ser partícipe da destruição tanto nossa quanto da diversidade da vida". Assim, uma coisa é certa: vivemos todos nós e os demais seres na mesma "nave mãe", teremos o mesmo futuro e partilharemos do mesmo destino.

Antônio Silveira R. dos Santos

Criador do Programa Ambiental:

A Última Arca de Noé

S.O.S... JESUS!!!











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Um triste adeus


A degradação ambiental e conseqüentemente a extinção dos animais só poderão ser evitadas através de ações concretas preservacionistas de todos nós, juntamente com o desenvolvimento de uma educação ambiental abrangente e efetiva. Caso contrário, estamos sujeitos a perder em poucas décadas este nosso riquíssimo patrimônio natural representado pelos animais selvagens. Assim, só nos restará guardar suas imagens em nosso patrimônio mnemônico e dar um triste adeus aos que se vão.

Antônio Silveira R. dos Santos

Criador do Programa Ambiental:

A Última Arca de Noé

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Nos caminhos da insensatez
As guerras, além de catastróficas,
demonstram que o ser humano ainda não conseguiu superar pela ética e a solidariedade,
sua condição de predador e de beligerância.

O que é muito triste,
pois continuamos nos caminhos da insensatez.

Antônio Silveira R. dos Santos

Criador do Programa Ambiental:

A Última Arca de Noé

Adeus








Vai-te, que os meus abraços te magoaram,
E o meu amor não beija!, arde e devora.
Foram-se as flores do meu jardim. Ficaram
Raízes enterradas, braços de fora...

Vai-te! O luar é para os outros; e os afagos
São para os outros..., os que ensaiam serenatas.
Ja a Lua que nos lagos bóia pérolas e pratas
Não nasce para mim, que estou sem lagos.

Quando me nasce, é como um reluzir da treva,
Um riso da escuridão
Que na minh'alma ecoa, e que ma leva
Por lonjuras de frio e solidão...

Vai-te, como vão todos; e contentes, de libertos
Do peso de eu lhes não queres trautear mentiras.
Como serias tu, flébil flor de olhos de safiras,
Que me acompanharias nos desertos?

Vai-te! não me supliques que te minta!
Beijo-te os pés pelo que me oferecias.
Mas teu amor, e tu, e eu, e quanto eu sinta,
Que somos nós mais do que fantasias?

Sim, amor meu: em mim, teu amor era doce.
Premir na minha mão a concha nácar do teu seio
Era-me um bem suave enleio...
Era... - se o fosse.

Vai-te!, que eu fui chamado a conquistar
Os mundos que há nos fundos do meu nada.
Talvez depois reaprenda a inocência de amar...
Talvez... mas ai!, depois de que alvorada?

Porque até Lá, é longe; e é tão incerto,
Tão frio, tão sublime, tão abstracto, tão medonho...
Como dar-te a sonhar este sonho dum sonho?

- Vai-te! a tua casa é perto.

José Régio

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A Vida é uma vitrina de tecidos.
A gente, por instantes,
fica de olhos perdidos
na beleza das telas deslumbrantes.
Depois, entra na loja e vai comprar.
Caixeirinha gentil, a Ilusão
vem vender ao balcão
e não se cansa de mostrar,
não se cansa
de exibir delicados,
rendilhados,
leves panos de Sonho e de Esperança.
As mãos tocam de levena leveza das telas.
Não vá o gesto, por mais breve,
esgarçar uma delas!
Todas tão lindas!
Mas a que fascinanão está ali na grande confusão
das peças espalhadas no balcão.
E a gente diz,
num ar feliz:
"Levo daquela róse
a, muito fina,
exposta na vitrina.
"Logo o Destino vem (da loja é o dono)
e fala sobranceiro, com entono:
"É artigo raro.
Marca, padrão e cor: - Felicidade.
É um artigo de alta qualidade
o mais caro
de todos os tecidos.
São cortes especiais...e estão vendidos!"
...........................................
E a gente vai comprar do áspero pano
que se encontra na seção do Desengano.


Graciette Salmon (Poetisa Paranaense)

quinta-feira, março 08, 2007

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Tanto mais eu te comtemplo
tanto mais eu me absorvo
e me extasio
Como te explicar
o que em teu corpo eu sinto,
o que em teus olhos vejo
quando nua nos meus braços
no meus olhos nua,
de novo eu te procuro
e no teu corpo vou-me achar?
Como te explicares
em teu corpo eu me eternizo
e de onde e como
sendo eu pequeno e frágil
pelo amor me dualizo?
Tanto mais eu te possuo
tanto mais te tornas bela,
tanto mais me torno eu puro.
E à força de tanto contemplar-te
e de querer-te tanto,
já pressinto que em mim mesmo
eu não me tenho,
mas de meu ser,
ora vazio,
pouco a pouco fui mudando
para o teu ser de graça cheio.
Affonso Romano de Sant'Ana

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É tão natural que eu te possua
é tão natural que tu me tenhas,
que eu não me compreendo
um tempo houvesse
em que eu não te possuísse
ou possa haver um outro
em que eu não te tomaria.

Venhas como venhas,
é tão natural que a vida
em nossos corpos se conflua,
que eu já não me consinto
que de mim tu te abstenhas
ou que meu corpo te recuse
venhas quando venhas.

E de ser tão natural
que eu me extasie
ao contemplar-te,
e de ser tão natural
que eu te possua,
em mim já não há como extasiar-me
tanto a minha forma
se integrou na forma tua.

Affonso Romano de Sant'Ana

Pablo Neruda



Já és minha.
Repousa com teu sonho em meu sonho.
Amor, dor, trabalho, devem dormir agora.
Gira a noite sobre suas invisíves rodas
E junto a mim és pura como ambâr dormido...
Nenhuma mais, amor, dormira com meus sonhos...
Irás, iremos juntos pelas águas do tempo.
Nenhuma viajará pela sombra comigo, só tu.
Sempre viva. sempre sol... sempre lua...
Já tuas mãos abriram os punhos delicados
E deixaram cair suaves sinais sem rumo...
Teus olhos se fecharam como duas asas cinzas,
Enquanto eu sigo a água que levas e me leva.
A noite... o mundo... o vento enovelam seu destino,
E já não sou sem ti senão apenas teu sonho...

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Crio minha própria segurança confiando no processo da vida.

Se acontecer alguma coisa que lhe pareça fora do seu controle, faça imediatamente uma afirmação positiva. Repita-a muitas vezes até sair desse pequeno espaço de perturbação. Você pode dizer algo como: "tudo está bem, tudo está bem, tudo está bem". E sempre que sentir o impulso de controlar uma pessoa ou situação, fale: "confio no fluxo da vida".

Diante de desastres naturais, como enchentes ou fenômenos afins, afirme: "acompanho o ritmo e os movimentos da terra".

Agindo dessa forma, você vencerá todos os obstáculos pois estará em harmonia com o Universo.

E lembre-se: a única coisa que você pode controlar neste mundo é seu modo de pensar. O pensamento que passa por sua mente neste instante está sob seu absoluto controle.

By Louise L. Hay no livro "Meditações para curar sua vida"