segunda-feira, abril 30, 2007

Deus



É o centro de onde emanam e para onde retornam todas as potências do Universo.
Ele é o foco de onde se irradia toda idéia de justiça, solidariedade e amor; o objetivo comum para o qual todos os seres se encaminham, consciente ou inconscientemente. É de nosso relacionamento com o grande Arquiteto dos mundos que decorrem a harmonia universal, a comunidade e a fraternidade. Para sermos irmãos, com efeito, é preciso haver um pai comum, e esse pai somente pode ser Deus.
Deus, dirá você, tem estado presente sob aspectos tão estranhos, por vezes tão revoltantes para os homens crentes, que o espírito moderno se está afastando d’Ele.
Mas que importam essas divagações sectárias?
Pretender que Deus possa ser diminuído pelos propósitos dos homens equivale a dizer que o monte Branco e o Himalaia possam ser manchados pelo sopro de um mosquito. A verdade paira radiosa, deslumbrante, bem acima das obscuridades teológicas. Para entrever esta verdade, o pensamento deve se desligar das regras estreitas, das práticas vulgares, rejeitar as formas pueris com as quais certas religiões têm envolvido o supremo ideal.
Na hora em que tudo repousa nas nossas cidades, quando a noite está transparente e o silêncio se faz sobre a terra adormecida, então, ó homens, meus irmãos, elevem seus olhos e contemplem o infinito dos céus!

domingo, abril 29, 2007




Dormi Contigo na Ilha







Dormi contigo a noite inteira junto do mar, na ilha.
Selvagem e doce eras entre o prazer e o sono,
entre o fogo e a água.
Talvez bem tarde
nossos sonos se uniram na altura e no fundo,
em cima como ramos que um mesmo vento move,
embaixo como raízes vermelhas que se tocam.
Talvez teu sono se separou do meu e pelo mar escuro
me procurava como antes, quando nem existias,
quando sem te enxergar naveguei a teu lado
e teus olhos buscavam o que agora
- pão, vinho, amor e cólera
- te dou, cheias as mãos,
porque tu és a taça que só esperava os dons da minha vida.
Dormi junto contigo a noite inteira,
enquanto a escura terra gira com vivos e com mortos,
de repente desperto e no meio da sombra meu braço
rodeava tua cintura.
Nem a noite nem o sonho puderam separar-nos.
Dormi contigo, amor,
despertei, e tua boca saída de teu sono
me deu o sabor da terra,
de água-marinha, de algas, de tua íntima vida,
e recebi teu beijo molhado pela aurora
como se me chegasse do mar que nos rodeia.
Pablo Neruda

Para ti...Meu Amor!


sábado, abril 28, 2007

Paraty



A data de fundação de Paraty diverge de historiador para historiador. Uns falam que em 1540/1560 já havia um núcleo devotado a São Roque no Morro da Vila Velha (hoje Morro do Forte ); outros, de 1596, quando Martim Corrêa de Sá empreende uma expedição contra os índios guianas do Vale do Paraíba; alguns outros, de 1600, quando havia um povoamento de paulistas da Capitania de São Vicente; e alguns mais, 1606, quando da chegada dos primeiros seis meeiros da Capitania de Itanhahém - que, acredita-se, venha a ser a origem do povoamento como, grosso modo, foi o sistema de Capitanias Hereditárias a base da exploração dos bens naturais, defesa e fixação do homem à terra no Brasil. Monsenhor José de Souza Azevedo Pizarro e Araújo, no livro Memórias Históricas do Rio de Janeiro e Províncias Anexas à Jurisdição do Vice-Reino do Estado do Brasil assinalou que a fundação da cidade teria ocorrido "lá pelos anos de 1600 e tantos". De todo modo, pode-se afirmar que, no início do século XVII, além dos índios guaianases, já havia um crescente grupo de "paratianos" estabelecidos por aqui.
Com a abertura da BR 101 (Rio-Santos) no final dos anos 70, Paraty recebe um novo impulso. Como nas fases anteriores de "ocupação", no ouro ou no café, um novo ciclo veio dominar e explorar a cidade: o turismo, desta feita potencializado no seu conjunto paisagístico / arquitetônico, nas áreas florestadas, nas 65 ilhas e nas mais de 300 praias da região.


Ilha de Sundara/Angra dos reis

Angra



Angra dos Reis continua encantado inúmeros visitantes com suas 365 ilhas e duas mil praias repletas de belezas naturais, lendas e badalações.

O nome Angra dos Reis está relacionado com a data da descoberta do local. Foi em 1502, que o navegador português André Gonçalves encontrou a bela Baía, justamente no dia 6 de janeiro, o Dia de Reis. Naquela época, a região era habitada pelos índios goianases chefiados pelo cacique Cunhambebe. O lugar em que se ergueu o primeiro povoado é hoje a Vila Velha. A mudança para o local da atual cidade se deve ao fato de o antigo povoado ter sido excomungado pela Igreja, em 1617, por causa do assassinato de um páraco por um fazendeiro. No século XVII, Angra dos Reis, ainda vila, sofria constantes invasões de piratas e corsários, com a finalidade de abastecer seus navios de água, lenha e provisões. Em meados do século XIX, seu porto permitiu grande desenvolvimento com a exportação do café do Vale do Paraíba. Mas com a chegada da estrada de ferro, Angra caiu em dacadência. O século XX trouxe nova esperança de prosperidade para o município, com a instalação do arsenal da Marinha, no início do século. Mas a explosão do encouraçado Aquidabá, no dia da festa de comemoração, matou cerca de 300 pessoas, fazendo a cidade regredir novamente. Na década de 50, a cidade voltou a prosperar com a instalação do estaleiro Verolme. A construção pela Petrobrás do maior terminal de desembarque da América Latina consolidou o progresso. Mais tarde, na década de 70, as usinas atômicas Angra I e Angra II deveriam ser o marco de uma nova potência nuclear chamada Brasil. Mas o alto custo da instalação e manutenção e a tecnologia precária atrasaram a produção, provocando, além do desastre econômico, o perigo de acidentes. Até hoje, essa é uma questão polêmica em lugar de tantas belezas naturais como Angra dos Reis.

Angola



Com fios feitos de lágrimas passadas
Os meninos do Huambo fazem alegria
Constroem sonhos com os mais velhos de mãos dadas
E no céu descobrem estrelas de magia

Com os lábios de dizer nova poesia
Soletram as estrelas como letras
E vão juntando no céu como pedrinhas
Estrelas letras para fazer novas palavras

Os meninos à volta da fogueira
Vão aprender coisas de sonho e de verdade
Vão aprender como se ganha uma bandeira
Vão saber o que custou a liberdade

Com os sorrisos mais lindos do planalto
Fazem continhas engraçadas de somar
Somam beijos com flores e com suor
E subtraem manhã cedo por luar

Dividem a chuva miudinha pelo milho
Multiplicam o vento pelo mar
Soltam ao céu as estrelas já escritas
Constelações que brilham sempre sem parar

Os meninos à volta da fogueira
Vão aprender coisas de sonho e de verdade
Vão aprender como se ganha uma bandeira
Vão saber o que custou a liberdade

Palavras sempre novas, sempre novas
Palavras deste tempo sempre novo
Porque os meninos inventaram coisas novas
E até já dizem que as estrelas são do povo

Assim contentes à voltinha da fogueira
Untam palavras deste tempo sempre novo
Porque os meninos inventaram coisas novas
E até já dizem que as estrelas são do povo

Manuel Rui Monteiro

domingo, abril 22, 2007

Mereço Viver







sábado, abril 21, 2007

No Voo






Nasci de um pedaço de espelho
Que reflectia uma lágrima tua
Que se transformou em ave e voou
Para bem longe de mim,
Levando-te com ela.
Busco-te nas memórias que não são minhas,
São nossas!
Busco-te na esperança de deixar de existir um eu,
Para viver um nós!
Calo-me nas minhas próprias perguntas,
Dando respostas mudas aos chamamentos do destino.
Sigo-te na sombra do passado,
Com asas de lágrima e plumas de dor!
Se te esqueço temo cair,
Sem rede que me resguarde do vazio profundo do teu ser.
Afogar-me-ei na tua imensa presença
Se um dia fechar os meus braços ao teu corpo.
Mas tudo são lembranças
Na linha ténue de uma maré há muito ida…
Tudo são gritos de alguém que há muito se calou
Na escura noite de um beijo…
Protejo-me, então, na caverna que fomos nós
E faço do gelo que aqui cresce o meu espelho,
Nele vejo as minhas lágrimas,
Esperando que um dia uma delas voe
De regresso a ti...
(C.R)

Frações de Momentos - Gerson Filho

Bate! Bate e descarrila,
Incauto coração
Perca o rumo e o destino
Entre seios entre beijos
Paire sobre os corpos
E no instante do prazer
Padeça e pare
Se puder...No intenso mergulho
Quando o reflexo
For um simples pulso do desejo
No espelho fragmentado
Aonde a ressonância transbordou
Gritos, gemidos
E o sussurro dos nossos lábios
Alimentando essa chama
Que vai conduzindo
Ao descompasso
Experimenta o limiar
A existência quase escapar
Na hora pequena
Justamente aquela que vale a pena
Estar vivo
Para vivê-la...

Reflita



O costume de guiar-se sempre pela consciência, chama-se rectidão. Manifesta-se no amor à verdade e dá uma grande beleza e fortaleza ao carácter. (Juan Luis Lorda)

A verdade, quando impedida de marchar, refugia-se no coração dos homens e vai ganhando em profundidade o que parece perder em superfície... Um dia, essa verdade obscura, sobe das profundidades onde se exilara e surge tão forte claridade, que rasga as trevas do Mundo. (Rolão Preto)


Qualquer um pode zangar-se, pois isso é muito simples. Mas zangar-se com a pessoa adequada, no grau exacto, no momento oportuno, com o propósito justo e de modo correcto, isso, não é tão fácil como isso.(Aristóteles - Ética a Nicómaco)


Não repreendas quando sentes a indignação pela falta cometida. - Espera pelo dia seguinte, ou mais tempo ainda. - E depois, tranquilo e com a intenção purificada, não deixes de repreender. - Conseguirás mais com uma palavra afectuosa, do que ralhando três horas. - Modera o teu génio. (Josemaría Escrivá)


Não julgues nada pela pequenez dos começos. Uma vez fizeram-me notar que não se distinguem pelo tamanho as sementes que darão ervas anuais das que vão produzir árvores centenárias. (Josemaría Escrivá)


A esperança adquire-se. Chega-se à esperança através da verdade, pagando o preço de repetidos esforços e de uma longa paciência. Para encontrar a esperança é necessário ir além do desespero. Quando chegamos ao fim da noite, encontramos a aurora. (Georges Bernanos)


A coisa mais difícil do mundo é conhecermo-nos a nós mesmos, e o mais fácil é falar mal dos outros.(Tales de Mileto)

O mal de quase todos nós é que preferimos ser arruinados pelo elogio a ser salvos pela crítica. (Norman Vincent)

sexta-feira, abril 20, 2007

Agradeça por Tudo









"Você já percebeu que através do que você faz e da maneira como você vive e pensa, você pode ajudar ou atrapalhar o estado do mundo. Não se deixe mais atrair pelo rodamoinho de caos e confusão, de destruição e devastação, e comece agora a se concentrar na maravilha e na beleza do mundo à volta. Agradeça por tudo. Abençoe todas as pessoas e tudo que você contactar. Recuse-se a ver o que existe de ruim nas pessoas, coisas ou acontecimentos, e procure sempre pelo que há de melhor. Não seja como o avestruz, escondendo a cabeça na areia e se recusando a encarar a realidade do mundo. Simplesmente procure e concentre-se no que há de melhor em tudo e em todos. Você é um pequeno mundo dentro de você mesmo. Existindo paz, harmonia, amor e compreensão bem dentro do seu pequeno mundo, você refletirá tudo isso para o mundo à sua volta. E quando você conseguir isto, estará começando a ajudar toda a condição atual do mundo."


MUITA LUZ! bjs, Cris (20/04/2007)

Ser eu...Ser sempre







"Quem sou eu além daquele que fui?
Perdido entre florestas e sombras de ilusão
Guiado por pequenos passos invisíveis de amor
Jogado aos chutes pelo ódio do opressor
Salvo pelas mãos delicadas de anjos
Reerguido, mais forte, redimido,
Anjos salvei
Por justiça lutei o amor novamente busquei
Quem sou além daquele que quero ser?
Puro, sábio e de espírito em Paz
Justo, mesmo que por um instante,
Forte, mesmo sem músculos,
E corajoso o suficiente para dizer “tenho medo”
Mas quem sou eu além daquele que aqui está?
Sou vários, menos este.
O que aqui estava, jamais está
E jamais estará
Sou eu o que fui e cada vez mais o que quero ser
Mudo, caio, ergo, sumo, apareço, bato, apanho, odeio, amo…
Mas no momento seguinte será diferente
Posso estar no caminho
DA perfeição
Cheio de imperfeições
Sou o que você vê…
Ou o que quero mostrar.
Mas se olhar por mais de um segundo,Verá vários “eus”,
Eu o que fui, eu o que sou e eu o que serei."
Por Christian Gurtner

Obrigada Joice!!!!

sábado, abril 14, 2007

Poética





Estou farto do lirismo comedido
Do lirismo bem comportado
Do lirismo funcionário público com livro de ponto expediente
protocolo e manifestações de apreço ao Sr. diretor.
Estou farto do lirismo que pára e vai averiguar no dicionárioo
cunho vernáculo de um vocábulo.
Abaixo os puristas
Todas as palavras sobretudo os barbarismos universais
Todas as construções sobretudo as sintaxes de exceção
Todos os ritmos sobretudo os inumeráveis
Estou farto do lirismo namorador
Político
Raquítico
Sifilítico
De todo lirismo que capitula ao que quer que seja fora de si mesmo
De resto não é lirismo
Será contabilidade tabela de co-senos secretário do amante
exemplar com cem modelos de cartas e as diferentes
maneiras de agradar às mulheres, etc
Quero antes o lirismo dos loucos
O lirismo dos bêbedos
O lirismo difícil e pungente dos bêbedos
O lirismo dos clowns de Shakespeare
— Não quero mais saber do lirismo que não é libertação.


Manoel Bandeira

Kuthumi



"Adquire-se sabedoria quando em silêncio se contempla, atentamente, o Sol Interior e plenamente se conscientiza que toda a verdade, compreensão, beleza e realidade, podem ser encontradas na Chama do próprio coração.

Enquanto escutamos a voz do silêncio com humildade e em silenciosa reverência, sem imagens mentais e sem obsessão emocional, somos abençoados regiamente com a sabedoria.
Quanto mais sábio for o homem, mais se aquietará a sua língua, mais pacífico será o seu mundo emocional e tanto menos pensará com o cérebro!

Se realmente estais cientes e aceitais que o Sol Interior - o Cristo - é a única realidade em vós, sabeis que o véu de maya não poderá por mais tempo vos atingir. Este é o Caminho da Sabedoria. É chegada a hora da escuta e completa entrega a Deus."

Eu Não Existo Sem Você




Eu sei e você sabe
Já que a vida quis assim,
Que nada neste mundo
Levará você de mim...
Eu sei e você sabe
Que a distância não existe,
Que todo grande amor
Só é bem grande se for triste,
Por isso meu amor
Não tenha medo de sofrer,
Pois todos os caminhos
Me encaminham pra você...
Assim como o oceano
Só é belo com o luar;
Assim como a canção
Só tem razão se se cantar;
Assim como uma nuvem
Só acontece se chover;
Assim como o poeta
Só é grande se sofrer;
Assim como viver
Sem ter amor, não é viver;
Não há você sem mim,
Eu não existo sem você!


Luiz Fernando

Monólogo de Orfeu



Mulher mais adorada!
Agora que não estás, deixa que rompa
O meu peito em soluços!
Te enrustiste
Em minha vida; e cada hora que passa
E' mais porque te amar, a hora derrama
O seu óleo de amor, em mim, amada...
E sabes de uma coisa? Cada vez
Que o sofrimento vem, essa saudade
De estar perto, se longe, ou estar mais perto
Se perto, - que é que eu sei! essa agonia
De viver fraco, o peito extravasado
O mel correndo; essa incapacidade
De me sentir mais eu,
Orfeu; tudo isso
Que é bem capaz de confundir o espírito
De um homem - nada disso tem importância
Quando tu chegas com essa charla antiga
Esse contentamento, essa harmonia
Esse corpo! e me dizes essas coisas
Que me dão essa fôrça, essa coragem
Esse orgulho de rei.
Ah, minha Eurídice
Meu verso, meu silêncio, minha música!
Nunca fujas de mim! sem ti sou nada
Sou coisa sem razão, jogada, sou Pedra rolada.
Orfeu menos Eurídice...
Coisa incompreensível! A existência
Sem ti é como olhar para um relógio
Só com o ponteiro dos minutos.
Tu És a hora, és o que dá sentido
E direção ao tempo, minha amiga
Mais querida!
Qual mãe, qual pai, qual nada!
A beleza da vida és tu, amada
Milhões amada! Ah! criatura!
Quem poderia pensar que Orfeu: Orfeu
Cujo violão é a vida da cidade
E cuja fala, como o vento à flor
Despetala as mulheres - que êle, Orfeu
Ficasse assim rendido aos teus encantos!
Mulata, pele escura, dente branco
Vai teu caminho que eu vou te seguindo
No pensamento e aqui me deixo rente
Quando voltares, pela lua cheia
Para os braços sem fim do teu amigo!
Vai tua vida, pássaro contente
Vai tua vida que eu estarei contigo!

Vinícius de Moraes/Antonio Carlos Jobim


quarta-feira, abril 11, 2007

.





Tatuas-me de incertezas,
reservas-me os domínios da dor,
incendeias-me com odores,
preenchendo cada recanto meu de
fraquezas.

Levas-me à memória que eu julgava esquecida.

Consomes o tempo como se ele te escasseasse
e aprisionas-me na tua teia comprometida.

A melodia que ecoa no radio
É um prenuncio da tua partida
Cada despedida torna-se um gládio
E dentro de mim abre-se uma nova ferida.

Vejo-te partir transparente no nevoeiro
no primeiro canto da manhã.

O tempo, o melhor conselheiro,
segreda-me imperceptivelmente o teu regresso
e deste modo tornas-te a essência do meu esquecimento.

O ar alia-se a tudo o que confesso
e esmorece-se quente no vidro da janela.

Não é tela, não é página, é pensamento
perdido no tempo e no espaço.

A dor que esmaga, a dor que não se vê
a dor que se traduz num sorriso que zela
por um dia solarengo, um dia em que me esqueça
de te lembrar.
(C.R 15/02/2004)

Escute


Quando você sentir vontade de chorar,
Não chore,
Pode me chamar,
Que Eu chorarei por você.
Quando você sentir vontade de sorrir,
Me avise,
Que Eu venho para sorrirmos juntos.
Quando você sentir vontade de amar,
Me chame,
Que Eu venho amar você.
Quando você achar o mundo pequeno
Para a sua tristeza,
Me chame,
Para partilharmos a dois seus dias tristes.
Quando você achar que está tudo acabado,
Me chame,
Que eu venho ajudar a reconstruir.
Quando você precisar de alguém que lhe diga...
Eu amo você,
me chame,
Que Eu digo isso à você,
Em qualquer momento com muita sinceridade.
Quando você não precisar mais de mim,
Me avise...
Mesmo assim Eu simplesmente...
Continuarei amando você,
Pois o meu amor por você é imenso,
É eterno, pois...
Eu sou o amor...
Eu sou o seu Deus.
(desconheço o autor)

Silêncio



Silêncio é divinidade.

Silêncio traz prosperidade.

Silêncio é a última arma.

Silêncio vence tudo.

Silêncio é real.

Silêncio pode ler a mente dos outros.

Silêncio remove inimizade.

Silêncio resiste à violência.

Silêncio traz de volta a inocência.


BK Raghawan

Paciência


"Há tempo de plantar e tempo de colher",
diz Salomão no Eclesiastes.


Existem momentos em que o guerreiro desembainha sua espada e parte para o combate. Mas existem momentos em que é preciso ter paciência. Sentar. Relaxar. Rezar. As coisas virão no seu devido tempo. Não se preocupe. Nâo adianta ficar andando de um lado para o outro. Não adianta parecer ocupado ou iludir-se com a sensação de que está fazendo alguma coisa. Não adianta forçar um aprendizado novo. No intervalo entre um combate e outro, o guerreiro fuma seu cachimbinho e espera. Se não agir assim, seus olhos não poderão enxergar os sinais de Deus. E todos os mapas capazes de guiar seus passos podem acabar passando despercebidos.

Paciência = ciência da PZ
Cristina Raucci

segunda-feira, abril 09, 2007

Como uma Borboleta









Que gente alegre é esse povo de Deus!

Desde os tempos de Moisés,

Festeja, comemora - eloqüente,

A liberdade do jugo dos poderosos,

Do pecado, do corpo, da serpente.

Que gente crédula é esse povo de Deus!

Anda por caminhos espinhentos,

Maltrapilho, resignado, inerte,

Aviltado em seus sentimentos,

Mas convicto de que um dia acerte.

Que gente mágica é esse povo de Deus!

Todo dia dribla suas próprias feras

Para concorrer consigo mesmo,

Na conquista de prometidas quimeras,

Acenadas pelo imaginário... à esmo.

Que gente sonolenta é esse povo de Deus!

Cativo dos despertos, escorregadios como sabão,

Dorme com suas bandeiras envolvendo-lhe a alma,

Sonha sobre o travesseiro da imposta alienação,

Como se nadasse com a maré sempre calma.

Subir o Sinai é preciso, povo de Deus!

É teu o dever de supervisionar o planeta,

Reparar os rasgos, emendar os pedaços.

Já que agora tem, usa telescópio, luneta.

Atravessa os mares Mortos, imediatamente.

Recria leis rigorosas, em nova tabuleta.

Depois comemora sorridente a páscoa,

Livre... como uma borboleta.

Sandra Fayad
Publicado no Recanto das Letras em 09/04/2007

Se


se por acaso a gente se cruzasse
ia ser um caso sério
você ia rir até amanhecer
eu ia ir até acontecer
de dia um improviso
de noite uma farra
a gente ia viver
com garra eu ia tirar de ouvido
todos os sentidos
ia ser tão divertido
tocar um solo em dueto
ia ser um riso
ia ser um gozo
ia ser todo dia
a mesma folia
até deixar de ser poesia
e virar tédio
e nem o meu melhor vestido
era remédio
daí vá ficando por aí
eu vou ficando por aqui
evitando
desviando
sempre pensando
se por acaso a gente se cruzasse...
Alice Ruiz

O espírito




Nada a fazer amor, eu sou do bando

Impermanente das aves friorentas;

E nos galhos dos anos desbotando

Já as folhas me ofuscam macilentas;

E vou com as andorinhas.

Até quando?

À vida breve não perguntes: cruentas

Rugas me humilham.

Não mais em estilo brando

Ave estroina serei em mãos sedentas.

Pensa-me eterna que o eterno gera

Quem na amada o conjura.

Além, mais alto,

Em ileso beiral, aí espera:

Andorinha indene ao sobressalto

Do tempo, núncia de perene primavera.

Confia. Eu sou romântica. Não falto.

Natália Correia

sábado, abril 07, 2007

Vossas Almas




Elas têm o poder de realizar qualquer coisa que aceitardes como real. Podem valorizar e concretizar uma aparência de enfermidade ou podem exaltar o Senhor da Vida e a vitória sobre todo mal.
Aquilo em que vossa atenção firmar-se, vossa alma concretizará.
Ó filhos do Céu! Porque vos fixar nas aparências do mundo? Juntos vamos, apenas, exaltar os poderes do Senhor.

Podeis concretizar o bem ou o mal.

Quando vossa atenção se focaliza em determinada aparência ou imperfeição, vossa energia flui, de vosso próprio âmago, em direção ao objeto de vossa atenção que cresce e se concretiza em vossas consciências tanto em vosso mundo físico como em vosso reino interno, onde quer que vossa alma habite.
Assim, podeis exaltar as sombras e a tristeza do mundo, ou podeis exaltar o poder de Deus, concentrando o raio de vossa atenção no Santo Ser Crístico, fazendo fluir à vossa vida a manifestação de todo Bem.
Mantende vossa atenção Nele, dedicando-vos a receber e glorificar Seus Poderes e Virtudes, até que vosso Ser Interno cresça em confiança, beleza e perfeição, numa imitação do Único Modelo Perfeito.
Construireis, assim, um poder de resistência contra toda intervenção do mal
.

O Amor






“Quando caminhei entre os homens, ensinei uma ética muito elevada, um amor capaz de doar a própria vida para a salvação da humanidade.
Terei Eu falhado?

Não! O amor nunca falha e está pronto para recompensar todo aquele que for capaz de abdicar do egoísmo, mergulhando sem medo em suas dimensões, onde a alegria, o contentamento e a bem-aventurança fazem sua morada. O amor não é somente a tônica do momento. Ele é, e sempre foi, o único caminho para a perfeição."

"O amor verdadeiro é um estado de consciência refinado, onde a auto-renúncia, o desapego, a justiça, o serviço, o altruísmo, a paciência e a tolerância, são decorrências naturais."

"O Amor Divino é Libertador. Não reclama, não exige, não espera: ele simplesmente é! Assemelha-se a um pássaro que voa livre por campos infindáveis ou lugares distintos, doando a todos o encanto de sua presença e a suavidade de seu canto.”
Mestre Jesus



Texto extraído do livro “O SERVIDOR DIVINO”

O Poder da Atenção







"O discípulo que procura espiritualidade, saúde, felicidade e abundância, antes de mais nada, precisa compreender que o Poder atua quando mantém sua atenção firme em seu objetivo, num consciente esforço, procurando retirar o pensamento de todas as aparências imperfeitas e dissonantes, guiando a sua atenção a Presença Divina, ancorando-a no seu Santo Ser Crístico. É certo que, como retorno, a Presença Divina ira inundá-la com a abundância de tudo que ela necessitar e desejar.

Mestre Saint Germain muitas vezes disse:
Onde colocardes vossa atenção, lá estareis; para aquilo que dirigis vossa atenção, aquilo sereis, pois a consciência une-se com aquilo que a atenção atrai.”

A alavanca, para cada pessoa que tem o desejo de progredir e elevar-se atuando conscientemente, jaz no domínio da força de sua atenção.

Vosso Amigo na Luz
Hilarion

Trecho do livro : Discursos do Mestre Hilarion

quinta-feira, abril 05, 2007

Bezerra de menezes




Nós Te rogamos, Pai de Infinita Bondade e Justiça, as graças de Jesus Cristo, através de Bezerra de Menezes e suas legiões de companheiros. Que eles nos assistam, Senhor, consolando os aflitos, curando aqueles que se tornem merecedores, confortando aqueles que tiverem suas provas e expiações a passar, esclarecendo aos que desejarem conhecer a Verdade e assistindo a todos quantos apelam ao Teu Infinito Amor.
Jesus, Divino Portador da Graça e da Verdade, estende Tuas mãos dadivosas em socorro daqueles que Te reconhecem o Despenseiro Fiel e Prudente; faze-o, Divino Modelo, através de Tuas legiões consoladoras, de Teus Santos Espíritos, a fim de que a Fé se eleve, a Esperança aumente, a Bondade se expanda e o Amor triunfe sobre todas as coisas.
Bezerra de Menezes, Apóstolo do Bem e da Paz, amigo dos humildes e dos enfermos, movimenta as tuas falanges amigas em benefício daqueles que sofrem, sejam males físicos ou espirituais. Santos Espíritos, dignos obreiros do Senhor, derramai as graças e as curas sobre a humanidade sofredora, a fim de que as criaturas se tornem amigas da Paz e do Conhecimento, da Harmonia e do Perdão, semeando pelo mundo os Divinos Exemplos de Jesus Cristo.



quarta-feira, abril 04, 2007

Se eu Pudesse





Trincar a terra toda

E sentir-lhe um paladar,

Seria mais feliz um momento...

Mas eu nem sempre quero ser feliz,

É preciso ser de vez quando infeliz

Para se poder ser natural...


Nem tudo é dias de sol,

E a chuva, quando falta muito, pede-se.

Por isso tomo a infelicidade com a felicidade

Naturalmente, como quem não estranha

Que haja montanhas e planícies

E que haja rochedos e erva...

O que é preciso é ser-se natural e calmo

Na felicidade ou na infelicidade,

Sentir como quem olha,

Pensar como quem anda,

E quando se vai morrer, lembrar-se de que o dia morre,

E que o poente é belo e é bela a noite que fica...

Assim é e assim seja...

Fernando Pessoa

terça-feira, abril 03, 2007


Transformação





"Estou consciente da energia divina que move o meu ser e me transforma no que Sou."

Hoje é meu dia de Tranformação

A transformação é um processo misterioso que inclui em si muitas mudanças: a lagarta que se transforma em borboleta, o creme em manteiga, o chumbo em ouro. De um nível para o outro uma alquimia interior se processa e, num instante inesperado, somos borboleta, manteiga ou ouro transformados numa nova dimensão. A transformação acontece naturalmente à medida que nos entregamos ao fluxo da energia divina que tudo permeia e vivifica.

Caminho






Quando descobrires o verdadeiro caminho, e, ao, indicá-lo fores desacreditado; crê em ti e segue, pois algum dia vislumbrarás bem distante à despontar pequenas luzes na estrada.

Um longo caminho, um grande aprendizado, onde o correto, o verdadeiro por vezes começa só. Mas um dia perceberá um séquito a seguí-lo. Portanto não te afastes de tuas verdadeiras convicções pautadas pelo teu Deus Superior e, não questiones se fostes ouvido, seguido, amado! Esta estrada precisa ser achada e a descoberta é individual. É longa, cheia de percalços e , para muitos ainda está bloqueada. Procura afastar as pedras, as tuas pedras, e se conseguires afasta também as do teu próximo. E, se for de teu alcance, transforme-as em grãos diminutos, por onde tu e ele possam transitar. Sem que ele perceba propicia-lhe um atalho sólido. Deixa o caminho pronto e segue.

Completa a tua Obra e crê naqueles que te enviam luzes.

Cristina Raucci - 06/05/2000

Narureza











Ajude à Natureza!

Não destrua os bens que a natureza coloca a seu dispor, para ajudá-lo a progredir.
Coopere com as árvores, porque elas cooperam com a sua vida, na purificação do ar que você respira.
Colabore com a pureza das fontes, porque elas lhe fornecem água para dessedentar seu corpo.
Auxilie o solo a produzir, para que o pão seja sempre farto na mesa de todos.

Mensagem extraída do livro "Minutos de Sabedoria" C.Torres Pastorinho