sábado, setembro 29, 2007

Soneto do Regresso ao Silêncio



Nas frágeis vidraças do meu coração
Tomba agora, a chuva, copiosa e fria
E há cascatas de mágoa e de melancolia
Em meu rosto a bailar ao sal da emoção...
Pressinto a tormenta, ao largo da razão
Rugindo desvairada, em dolorosa agonia
E, qual Alma penada, reclamo, vazia
Por alguém que me veja e estenda a mão!
Na noite disforme, ninguém...
Apenas breu!
Sombras dantescas tão nuas e sós, como eu
Remoinhos de folhas que dançam ao vento...
No inferno do temporal que m' assola o olhar
Dissolvo-me em nada, como a espuma no mar
E regresso ao silêncio do meu pensamento!
Tendergirl

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