domingo, novembro 26, 2006

À todos os governantes,


Cheguei um uma estrela
Na noite escura
Desci na praia
Encontrando tanta amargura
Corpos expostos
Olhares perdidos
Pessoas sem sentido
Ao meio tanta dor
O mar sorria
O sol nascia
Os corpos expostos não se mexiam
No ar gaivotas peripecias faziam
Os olhos perdidos
Da areia onda se recolhia
Pegadas surgiam desenhando caminhos
As pessoas sem sentido
Longe avistei
Um passaro em uma caixa engraçada
Chorando cantava
Uma arvore dormia deitada
Um rio se afogava
Na lata do lixo
A criança comia
Espiei pela vidraça
Vi mesa farta
Distraida
Tropecei em um velho
Que na calçada cochilava
Eu...Rodopiava...Criando Balelas
- Vim para dividir para ti
ouvi
- Vim para multiplicar para mim
Insisti
- Vim para somar para ti
- Vim para diminuir de ti
Entao voltemos para de onde eu vim
Pois
Bem me lembro de voce ao meu lado
Nosso Mestre
Um sujeito determinado nunca oculto
Homem de resistencia jamais vista
Em nenhum momento procurou o acento
Para ditar o livro
Onde as letras de maos dadas formavam frases tortas
Pois nao existiam
Margens Pautas Pontos Virgulas
Ensinando teorias
Lembro...
Era noite
E o Mestre brilhava por tras da neblina
Acompanhados ate a porta partimos para a pratica
O que houve com voce
Perdeu a teoria no caminho
Ou
Se perdeu na pratica
Sem resposta
Fui recolhendo a folha marcada
Passei a gritar calada
Cristina Raucci - 10/02/97
obs.: os erros aqui encontrados são propositais

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