segunda-feira, maio 21, 2007

Grito



E eis que a última gota de esperança
Se esvai,
Escorrega por meu corpo etéro
E se perde
Na imensidão do vazio.

E eis que o latejar de meu sentir
Se afoga
Em seus alucinantes chamamentos
E cessa,
Trazendo-me à pseudomorte.

E eis que meus gritos ardentes
Se calam,
Estrangulados por forças maiores
E atendem
À força adversa do destino.

E, na esperança morta
De uma vida não querida
Um último grito se engasga,
Diminuto, mas infinito:
Até...nunca mais!
Cristina Raucci

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